domingo, 12 de dezembro de 2010



LIVROS - Os 6 mais vendidos em Novembro no Brasil

A CIDADE DO SOL
Khaled Hosseini

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.

Editora: Nova Fronteira
Páginas:368
Preço: R$39,90

O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS
Kim Edwards

Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar. A força deste livro não está apenas em sua construção bem amarrada ou no realismo de seus personagens, mas, principalmente, na sua capacidade de envolver o leitor da primeira à última página. Com uma trama tensa e cheia de surpresas, O Guardião de Memórias vai emocionar e mostrar o profundo - e às vezes irreversível - poder de nossas escolhas.

Editora: Sextante
Páginas: 368
Preço: R$29,90


A SOMBRA DO VENTO
Carlos Ruiz Zafon
 
Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível; em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de 'A Sombra do Vento', do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem e sensível Daniel um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra, que ele descobre ser vasta. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu.
 
Editora: Suma de Letras
Página: 400
Preço: R$39,00

A MONTANHA E O RIO
Da Chen
 
A montanha e o rio narra a saga de dois irmãos que trilham caminhos distintos, mas cujas vidas se encontram quando se mesclam inevitavelmente aos acontecimentos que marcam a história política e social da China no final do século XX. Numa trama repleta de conspiração, mistério e paixão, Tan e Shento se tornam inimigos ferozes tanto no campo político quanto no pessoal, pois, por um capricho do destino, se apaixonam pela mesma mulher, o que contribui para acirrar ainda mais o ódio que sentem um pelo outro. Com esta história envolvente, que levou oito anos para ser concluída, Da Chen, conhecido por suas obras memorialísticas, faz sua primeira incursão pela área da ficção. A marca de Da Chen está por certo presente nesta narrativa que possui também traços do romance histórico e é perpassada pelas milenares tradições do Oriente e suas relações com o mundo ocidental.

Editora: Nova Fronteira
Páginas: 496
Preço: R$49,00

ELITE DA TROPA
Luiz Eduardo Soares, André Batista e Rodrigo Pimentel
 
Na primeira parte do livro, concentram-se relatos impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite. Na segunda, um dos nossos personagens seguirá numa trama envolvendo autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais - uma rede que tece alianças improváveis entre os vários atores deste cenário. Depois de cavalgar 100 quilômetros, sem arreio e sem descanso, mortos de fome e sede, eles têm licença para um descanso brevíssimo até que alguém anuncie que a comida está servida - sobre a lona, onde o grupo exaurido vai se debruçar para comer tudo o que conseguir, com as mãos, em dois minutos. Esta é apenas uma das etapas de treinamento da tropa de elite da polícia. Eles obedecem a regras estritas, as leis da guerrilha urbana. Na dúvida, mate. Não corra, não morra. Máquinas de guerra, eles foram treinados para ser a melhor tropa urbana do mundo, um grupo pequeno e fechado de homens atuando com força máxima e devastadora.

Editora: Objetiva
Páginas: 312
Preço: R$39,00
 
O LIVRO PERIGOSO PARA GAROTOS
Conn e Hal Iggulden
 
Quantos outros livros podem ensinar a construir sua própria casa na árvore, jogar pôquer ou escrever com tinta invisível? 'O livro perigoso para garotos', de Conn e Hal Iggulden, resgata brincadeiras antigas, truques, jogos, revela curiosidades sobre o sistema solar, batalhas famosas e histórias de personagens que são exemplos de coragem e bravura. Uma mistura de almanaque, enciclopédia e manual de sobrevivência para meninos, é o primeiro livro de Conn Iggulden escrito em parceria com seu irmão, Hal Iggulden. A obra é uma homenagem dos dois às longas tardes de verão de sua juventude, contendo informações vitais para pais e filhos, e homens de todas as idades. Ao longo da produção do livro, os autores reviveram esses momentos, refazendo todas as etapas das brincadeiras - montaram aviões de papel, lanternas de bolso, fizeram uma roupa à prova de fogo e até construíram uma casa na árvore. Como nas demais edições ao redor do mundo, foram criados alguns novos capítulos para este livro e informações foram adaptadas para o público leitor brasileiro. Entre as novidades, batalhas famosas do Brasil, mapas do Brasil, citações de Machado de Assis e novas histórias de personagens extraordinários - Amyr Klink (O viajante solitário), Santos-Dumont (Uma aventura no céu), Percy Harrison Fawcett (Mistério na selva) e Os irmãos Villas-Bôas (Os irmãos Villas-Bôas e a marcha para o Oeste).

Editora: Galera Record
Páginas: 320
Preço: R$69,00

Quarteirão Cultural em Alfenas, recebe Cia. de Balé Bolshoi do Brasil


A nona edição do Projeto Quarteirão Cultural em Alfenas, irá apresentar, no dia 12 de dezembro, a Cia de Balé Bolshoi do Brasil, em parceria com a Unifal – Universidade Federal de Alfenas. A Cia Jovem do Balé Bolshoi do Brasil vai se apresentar no Ginásio Poliesportivo, a partir das 21 horas.

Com este espetáculo, o “Projeto Quarteirão Cultural 2010”, encerra suas atividades neste ano, que tiveram grandes shows e atrações musicais na cidade como: Beto Guedes (Centro Vivencial), Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (Praça da Saudade) e Etapa do Festival Internacional de Corais, com apresentação de dois corais equatorianos, além do cantor e compositor Tunai, (Praça Getúlio Vargas).

O Quarteirão Cultural é um projeto desenvolvido pela Prefeitura de Alfenas, através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura visando à valorização do entorno da Praça Getúlio Vargas, e, especialmente da Rua Arthur Bernardes, que concentra o Centro Municipal de Música Professora Walda Tiso Veiga, o CineArtCafé, o Espaço Cultural Estação Alfenas, Centro Vivencial, entre outros. “A proposta do projeto é levar à população música variada e de comprovada qualidade em espaços diversificados”, diz a secretária de Educação e Cultura do município, Aliene Eleonora de Carvalho.

As apresentações gratuitas são, em sua maioria, ao ar livre, dando oportunidade a todos de vivenciar momentos especiais por meio da música.

Companhia Bolshoi do Brasil

Em 2008 a Escola Bolshoi criou a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, atendendo à demanda por crescimento e desenvolvimento da dança no país. Os artistas da companhia atuam como agentes formadores de platéia e incentivadores de novas gerações de bailarinos. No total, é formada por 12 bailarinos formados na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, única que funciona fora da Rússia, seu país de origem. A escola tem a mesma filosofia da Escola Coreográfica de Moscou, criada em 1773, que é formar profissionais e difundir a cultura por meio do ensino da dança. A Escola de Teatro Bolshoi do Brasil funciona em Joinville-SC e tem em seu programa o projeto de inclusão social para crianças e jovens. A Escola foi inaugurada em 15 de março de 2000.

Programação Artística em Alfenas/MG

Data: 12 de dezembro de 2010

A Morte do Cisne
Música: C.Saint-Saëns
Coreografia: M.Fokine
Solista: Luiza Yuk

Bolero
(III Ato do Ballet "Don Quixote")
Música: L.Minkus
Coreografia: A.Gorsky
Solista: Ariate Costa e Cosme Gregory

Paysant
(Variação Masculina do I Ato do Ballet Giselle)
Coreografia: J. Coralli, J. Perrot e M. Petipá
Música: A. Adam
Solista: Kaio Fernando

Aurora
Música: G.F.Handel
Coreografia: A.Cassiano
Solista: Rafaela Fernandes

Valsa Moszkowski
Música: M.Moszkowski
Coreografia: V.Vainonen
Solista: Karine de Matos e Diego Cunha

Variação Feminina Esmeralda
(do Pas de Deux do III Ato do Ballet "A Esmeralda")
Música: C.Pugni
Coreografia: B.Stevenson
Solista: Ariadne Okuyama

Águas Primaveris
Música: J. C. Pachelbel
Coreografia: A. Messerer
Solistas: Luiza Yuk e Eduardo Teixeira

Dança Mercedes
(II Ato do Ballet "Don Quixote")
Música: A. Simon
Coreografia: A.Gorsky
Solista: Rafaela Fernandes

Gopak
Música: V. Soloviev-Sedoi
Coreografia: R.Zakharov
Solista: Diego Cunha

Pas de Deux "Paquita"
(do II Ato do Ballet "Paquita")
Música: L.Minkus
Coreografia: M.Petipa
Solistas: Karine de Matos e Bruno Miranda

Jurei pro amor um dia te encontrar
Música: Otto, Baden Powell, Vinícius de Moraes, Milton Casquinha, Sérgio Bittencourt, Marino Pinto, Mario Rossi e Cartola
Coreografia: Jomar Mesquita
Solistas: Ariadne Okuyama, Ariate Costa, Bruno Miranda, Cosme Gregory, Diego Cunha, Diego Souza, Eduardo Teixeira, Kaio Fernando, Karine de Matos, Luiza Yuk, Rafaela Fernandes


Informações: Prefeitura de Alfenas

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Explicando Política às Crianças

“Explicando Política às Crianças” do filósofo e escritor Rubem Alves, retirado do seu site oficial: A Casa de Rubem Alves - www.rubemalves.com.br


Meninos, meninas, vou lhes contar como tudo começou, do jeito como me ensinaram. Há muitos milênios atrás (um milênio são mil anos!), antes mesmo que a roda tivesse sido inventada, a vida era uma pancadaria generalizada, pauladas, pedradas, furadas (eram feitas com paus pontudos; ainda não haviam descoberto um jeito de fazer flechas com pedras lascadas), cada um por si, cada um contra todos. Um famoso pensador chamado Hobbes disse que era um estado de “guerra de todos contra todos”. Não havia leis. As leis servem para proibir aquilo que não pode ser feito. Assim, cada um fazia o que queria. Roubar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “é proibido roubar”. Matar não era crime porque não havia uma lei que dissesse “ é proibido matar”. E não havia pessoas encarregadas de fazer cumprir a lei: juizes, polícia. É para isso que a polícia existe: para impedir que a lei seja quebrada e para proteger os cidadãos comuns. Quem tivesse o porrete maior era o que mandava. Houve até um famoso presidente dos Estados Unidos que explicou o seu jeito de governar: “Falar manso e ter um porrete grande nas mãos...” Os jeitos primitivos continuam ainda em vigor.

É fácil entender. Imaginem uma coisa doida: um jogo de futebol em que não haja regras e nem haja um juiz que apite as faltas. Tudo é permitido. Tapas, murros, rasteiras, xingamentos, levar a bola com a mão, mudar de time no meio do jogo. Ao final de cada jogo o número de mortos e feridos é grande. Os amantes de futebol queriam continuar a jogar futebol, mas sem medo da violência. Eles se reuniram e disseram: “Não é possível continuar assim. Vamos fazer regras para o futebol. E vamos ter, no campo, um homem que faça com que as regras sejam cumpridas.” E assim fizeram. E o futebol se transformou num jogo civilizado (às vezes...)

Pois os homens daqueles tempos chegaram à mesma conclusão. Não valia a pena continuar a viver daquele jeito. Eles se reuniram numa grande assembléia e chegaram a um acordo: “Só há uma solução. É preciso que cada um deixe de fazer o que lhe dá na telha. Precisamos leis. Mas, para ter leis, precisamos de um homem que faça as leis. E não só isso: um homem que tenha o poder para punir todos aqueles que quebram a lei.”

Os homens, assim, abriram mão das suas pequenas vontades individuais para poderem viver uns com os outros em paz. E para que houvesse um homem que fizesse as leis e punisse os criminosos eles escolheram um que seria o seu Rei, ele e os seus descendentes. O Rei teria que ser aquela pessoa que reinaria para a paz dos homens comuns, os seus súditos. O Rei teria de ser uma pessoa que, ao mesmo tempo, combinasse sabedoria e força. Sabedoria para fazer as coisas certas. E força para que punisse os malfeitores. Em toda situação há sempre os malfeitores, aqueles que quebram as leis. Também no futebol há os malfeitores. No futebol os malfeitores são aqueles que quebram as regras, aqueles que, pensando que o juiz está distraído, dão rasteiras e tentam fazer gols com a mão. Se o juiz ficar desatento e não apitar as faltas a partida de futebol vira pancadaria.

Mas esses homens que elegeram o Rei eram ruins em psicologia. É sempre assim: em período de eleição todos os candidatos se apresentam como honestos, puros, pessoas que só desejam o bem do povo. Mas o povo não conhece psicologia. Acredita naquilo que lhes é dito. Não sabem que essas falas dos candidatos são como a isca no anzol do pescador. O seu objetivo é apenas “fisgar” o voto do povo. E esses puros, uma vez no poder, passam por horríveis transformações. Belos, transformam-se em Feras. Aconteceu assim com os Reis, tão bonitos, tão honestos, antes de terem a coroa na cabeça e a espada na mão. Mas uma vez no poder transformaram-se em Tiranos. Tiranos são aqueles que, esquecidos do povo, impõem a sua vontade sobre ele. Assim os Reis esqueceram-se do povo e passaram a pensar só neles mesmos.

Se eles eram aqueles que fazem as leis, e se eles eram aqueles que tinham a espada na mão, não havia ninguém que os punisse. Eles cometiam suas maldades protegidos pela impunidade. Tendo poder para fazer as leis, eles as fizeram só em seu benefício, leis que obrigavam o povo a pagar impostos pesados. Imposto é um dinheiro que o povo tem de pagar ao governo para administrar o país. Tudo estaria bem se o dinheiro dos impostos fosse usado para o bem do povo. Mas não foi isso que fizeram. Usaram o dinheiro do povo para si mesmos. Construíram palácios com jardins, gramados e piscinas, deram banquetes, não só eles mas todos os membros da corte que assim se locupletaram. Todos ficaram ricos. O povo ficou mais pobre, mais sofrido. Aprendam isso: as pessoas mais cheias de boas intenções, quando têm o poder e o dinheiro na mão, esquecem-se delas. Ficam deslumbradas com o poder e passam a pensar só nelas mesmas. O poder e o dinheiro corrompem.

Foi assim durante muitos séculos. Até que o povo perdeu as esperanças. Os reis, que haviam sido objetos da sua admiração, tornaram-se objetos do seu desprezo. Seu perfume se transformou em fedor. Não, os Reis jamais pensariam no bem do povo. Aí o povo pensou: “Não fomos nós que escolhemos o Rei? Se ele está no trono é só porque nós queremos! Ele não está no trono pela vontade dos deuses! Se fomos nós os que o colocamos no trono, temos o direito de tirá-lo de lá”. O povo então se enfureceu, saiu às ruas, pegou em armas, fez revoluções e tirou o Rei do trono. Esse direito do povo, de tirar os Tiranos do poder, pela força, até foi louvado pela mais humilde e a mais santa das mulheres, Maria, mãe de Jesus. Cantando o amor de Deus ela disse que ele “derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” (Lucas 1:52).

Mas esse direito de tirar os reis dos tronos transformou-se em crueldade. Na Revolução Francesa o rei e a rainha foram guilhotinados. Na Rússia os revolucionários fuzilaram toda a família real, inclusive as crianças.

Voltou-se então ao estado original: não havia quem ditasse leis e as fizesse cumprir, para a paz do povo. Havia o perigo de que se estabelecesse a condição primitiva de “guerra de todos contra todos”. Há de haver quem faça as leis e garanta o seu cumprimento. Mas o povo havia aprendido uma lição: poder por toda a vida, como o que era dado aos reis, só produz tirania e corrupção. É muito perigoso dar poder absoluto a uma pessoa só.

(Rubem Alves)

Legião Urbana para sempre!!

Quem não sente-se saudoso ao ouvir a rouca voz de Renato Russo cantando seja qual música for? Legião Urbana arrastou uma legião de fãs, suas letras inspiraram toda uma geração de jovens que ainda hoje vibram, cantam e se emocionam com suas músicas. Eles marcaram um tempo, mas ainda influenciam jovens de hoje, que nem se quer eram nascidos quando a banda terminou, mas que mesmo assim se encontram em suas longas e inteligentes letras e em suas geniais melodias.

Mas os fãs de ontem e de hoje poderão matar saudades destes gigantes da música com essas duas novidades: desde junho deste ano, foi lançado o Portal Legião Urbana, um canal direto com o fã. O Portal é totalmente interativo para que os fãs possam trocar materiais sobre a banda. O site reúne ainda vídeos, fotos, músicas e informações básicas sobre o grupo.

A outra novidade é ainda mais interessante, está agendado para novembro o lançamento de uma coletânea da banda, o álbum, ainda sem título definido, será lançado pela gravadora EMI e os fãs vão poder votar nas músicas preferidas e assim escolherem juntos o repertório do álbum.

Aqueles que quiserem participar desta enquete, têm até a próxima quinta-feira (30/09/2010) para votar nas músicas preferidas da banda no Portal, o endereço do site é: www.legiaourbana.com.br é preciso ser cadastrado para participar. São 40 músicas disponíveis na lista, entre clássicos como "Pais e Filhos", "Será", "Monte Castelo, "Andrea Doria", "Giz", "Hoje A Noite Não Tem Luar" e "Eu Sei". Os fãs podem escolher 12 faixas e a ordem delas no álbum. As canções mais votadas entrarão no disco e os participantes concorrem a CDs autografados por Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá.

Perfeito não? Agora é só visitar, matar saudades, votar, ficar esperando o lançamento e quem sabe ainda ser presenteado! www.legiaourbana.com.br
 

sábado, 12 de junho de 2010

José Saramago (1922 - 2010)





"Acho que na sociedade atual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objetivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objetivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma”. José Saramago


Obviamente quando Saramago disse: "nos falta" ele estava sendo modesto, pois a ele sobrava. Este era Saramago cobrando de todos o que ele tinha aos montes: pensamentos, ideias, reflexões. Mas é uma cobrança considerável quando pensamos o quão deve ser difícil viver sendo um em um milhão, sendo único em meio a todos os outros. Uma genialidade como a de Saramago não tem comparação.


Mas talvez, indignado com esta situação, Saramago fez o que ele sabia de melhor deixou-nos um legado, deixou-nos o caminho para conseguir "começar" a ser como ele. Saramago nos deixou a melhor Literatura filosófica.


Sua obra nos obriga a fazer justamente o que nos é cobrado por ele, sua obra nos faz refletir, questionar, faz o pensamento "trabalhar". Mais do que contar histórias ele provoca, mais do que entreter ele questiona. Ele nos obriga a duvidar, a temer o desconhecido e a enfrentá-lo, a procurar no nosso íntimo as respostas para os problemas do mundo e para os nossos próprios problemas.


Citando Fernando Meirelles: "A lucidez naquele grau é um privilégio de poucos, não consigo escapar do clichê, mas definitivamente o mundo ficou ainda mais burro e ainda mais cego hoje". Eu concordo...


-Vejam José Saramago no site Releituras - Biografia - Obras - Prêmios e leiam "O Conto da ilha desconhecida": http://www.releituras.com/jsaramago_menu.asp